| |
|
| PRINCÍPIOS DE TRÁFEGO - A CB organiza-se segundo princípios
muito simples, que permitem a todos os utilizadores praticarem sem
problemas esta ocupação de tempos livres cada vez mais apreciada. Esses
princípios gerais são o respeito pelos canais de chamada e a não
utilização de certas frequências que podem prejudicar outros utilizadores
da banda de frequências dos 27 MHZ. |
| OS CANAIS DE CHAMADA - O tráfego CB articula-se em torno de
alguns canais de chamada, em particular o canal 11 e o canal 9, que
permitem aos adeptos da CB contactarem entre si. O canal 11 é o canal
geral de chamada e o 9 é o canal reservado às chamadas de urgência. |
| CANAL 11 - É um pouco a sala dos passos perdidos da CB. Neste
canal encontram-se os utilizadores que procuram um correspondente. Este
canal, eixo em torno do qual se organiza todo o conjunto de tráfego,
permite ligar as estações que se encontram num sector bastante próximo.
Estas, reconhecíveis pelo seu QRZ, ou nome de estação, lançam uma chamada
quando a frequência se encontra livre . Esta chamada deve ser breve e
compreensível: |
--" ATENÇÃO À
FREQUÊNCIA . LUSITÂNIA CB CHAMA ESTAÇÃO LABIRINTO ! "
Quando não se
pretende chamar ninguém em concreto pode-se simplesmente informar "o
canal" que estamos presentes
--" LUSITÂNIA CB EM FREQUÊNCIA !".
| Depois da chamada efectuada só resta esperar uma resposta. Quando a
mesma acontece, e tendo a estação que responde se identificado, irão as
duas prosseguir num outro canal a fim de libertar o canal de chamada. |
| CANAL 9 - O canal 9 é o usado para as chamadas de urgência. É
neste canal que os utilizadores da CB se devem colocar quando um deles
assinalou que ocorreu um acontecimento que exige assistência, um acidente,
uma avaria na viatura... A eficácia desta disposição só depende da boa
utilização do mesmo e da disciplina dos utilizadores. Não se deve usar
este canal a não ser para este fim. Em Portugal alguns batalhões de
bombeiros fazem escuta permanente neste canal. Pena é que não sejam mais a
fazê-lo. Também algumas associações de rádio CB vocacionados para a
assistência em rádio o fazem. |
| INDICATIVOS - A escolha de um indicativo é fundamental. A
entidade reguladora das telecomunicações, ICP, aquando da legalização dos
aparelhos de emissão-recepção nos atribuem um indicativo, dito oficial.
Esse indicativo deve ser mencionado aquando das nossas comunicações.
Contudo, em CB as estações são mais conhecidas pelo seu nome, que é
escolhido pelo seu proprietário, não havendo imposição alguma por parte do
estado. O limite mesmo é a sua imaginação. É que em CB nascem indicativos
como LUSITÂNIA CB, LABIRINTO, APOLLO 11, RATO DO ESGOTO, ÁGUIA, VARICAP,
ETC... Deve-se, no entanto, evitar nomes inspirados no alfabeto
fonético como CHARLY TANGO, ECHO BRAVO, PAPA NOVEMBER. O QRZ deve ser
portanto original e curto. |
| RESPEITAR AS OUTRAS ESTAÇÕES - Como em tudo, o respeito pelos
outros é fundamental. É imperioso que os amadores adoptem comportamentos
que não entravem a liberdade de comunicação do conjunto de adeptos da CB. |
| MANTER O ANONIMATO - Em CB nunca se sabe quem ou quantas
pessoas estão à escuta. As estações devem ser conhecidas pelo seu
indicativo ou nome de cada operador. Devem-se evitar mencionar dados como
números de telefone, moradas das estações, elementos importantes da vida
pessoal de cada um, afim de evitar brincadeiras de mau gosto. Não dê os
seus dados nem os de outros macanudos que conheça ou venha a conhecer. |
| ESCOLHER CANAL - Estando um canal ocupado e você esteja a
escolher um canal para se corresponder com outra estação, como é lógico
escolha outro que esteja desocupado. |
|
PEDIR "BREAK" QUANDO PRETENDER INTERVIR NUM QSO -
Quando uma estação deseja participar num contacto já a decorrer, não deve
intervir sem que o deixem "subir". Muito menos deve interromper quem está
a falar, sobremodulando-o. Segundo as regras deve esperar pelo fim de uma
intervenção para de forma rápida se manifestar lançando um breve "--
Break ! " . Se este sinal for escutado é-lhe deixado um espaço em
branco para se anunciar e pronunciar. Deixar, entre intervenções, espaços
em branco permite ouvir eventuais pedidos de oportunidade, que podem ser
para intervir no QSO, como pode ser, inclusive, um pedido de ajuda. Há
quem diga que "as oportunidades não se fazem esperar !" e esta é uma das
razões. |
|
FAZER INTERVENÇÕES BREVES - O tráfego CB exige que
o interlocutor não monopolize o canal e se esforce por falar o mínimo
possível e de forma clara. Um utilizador em móvel, se estiver a modular,
em movimento e tiver a ter um cambio demasiadamente longo, pode
eventualmente, ficar inaudível aos outros interlocutores e correr o risco
de ficar a falar sozinho. O contrário pode também acontecer, isto é, uma
estação base estar a ter um cambio longo e o móvel não ter oportunidade de
avisar o seu correspondente de que está a ficar sem a sua recepção. Isto
porque a CB não prima pela regularidade e estabilidade das comunicações.
Ao contrário das comunicações por telefone, em CB não é possível falar e
escutar ao mesmo tempo. |
|
IDENTIFICAÇÃO - A CB comporta certas regras de
cortesia. Uma delas consiste em identificar-se indicando o indicativo
(QRZ) no inicio, durante e no final do QSO. Do mesmo modo é indispensável
o utilizador informar o seu correspondente que vai deixar de emitir
(passar a QRT). |
|
SABER TORNAR-SE ÚTIL - A CB não é apenas um meio de
comunicação. É também um meio de prestar pequenos e grandes serviços em
matéria de assistência técnica, logística e também jurídica. Quem nunca
teve problemas de vária ordem e não desejou ter alguém a quem pedir ajuda
? |
|
OS CASOS DE URGÊNCIA - Os amadores de CB já
demonstraram ser prestáveis em muitas situações de urgência. É bom que
assim continue e haja um esforço de todos para que se reforce cada vez
mais esta forma de ser solidário. |
|
TORNAR ATRAENTES AS COMUNICAÇÕES EM CB - O conteúdo
das conversas em CB não se encontra regulamentado. Todos os temas podem
ser abordados desde que se respeitem as ideologias de cada um e não se
entrem em conflitos que não levam a parte alguma. Os temas podem ser tão
diversos como técnicas de rádio, gastronomia, cultura, turismo, etc...
Pode-se até fazer jogos, contar anedotas, e mesmo cantar (porque
não...?!). A CB pode e deve ser um instrumento de instrução, divertimento
e até insólito. |
| O QUE NÃO SE DEVE FAZER - Todos os cibistas devem ter
consciência do que a CB não deve ser. Uma anarquia no uso de
amplificadores lineares, que para além dos inconvenientes causados aos
outros utilizadores, aumentam de forma drástica o numero de interferências
nas TV(s) da vizinhança. Não se caracterize pela agressividade e má
educação dos seus adeptos, mas sim, pelo precisamente oposto. A
cordialidade e simpatia, a solidariedade não devem ser a excepção mas sim
a regra. |
| AS TERRÍVEIS T.V.I. - Os cibistas não devem fazer ouvidos
moucos às reclamações da vizinhança com respeito às interferências nas
televisões. Devem fazer todas as verificações à instalação para se
certificarem que os problemas em causa não são da vossa responsabilidade.
Em caso de não se justificar tais reclamações, contactem a Anacom. Eles
não servem só para nos castigar a nós, cibistas, mas em certa medida, para
castigar também os faltosos em matéria de conservação e montagem das
antenas de televisão. |
| POR FIM ... - A principal regra é, no fundo, o bom senso. Para
quê conflitos e aborrecimentos quando a CB é um passatempo bonito,
interessante, útil e com inúmeras potencialidades. Porque não ajudar os
novos da banda em vez de, por vezes, sermos incompreensíveis com eles e
nos esquecermos que já estivemos no lugar deles ?! Tornar a CB em algo
mais e melhor deve ser o objectivo de todos quantos abraçaram esta forma
de comunicar. |
|
|
|
|