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      |  | ALCANCE - O sitio exacto onde as ondas "caem" 
      não pode ser calculado com precisão: tudo depende da altura da camada 
      reflectora. Em alguns minutos, podem tomar contacto com um correspondente 
      de Paris ou São Paulo e serem ouvidos na Argentina! Notemos também que um 
      contacto é frequentemente estabelecido graças a diversos "SKIPS" e 
      que o fenómeno mais bizarro a que um cibista pode deparar é ouvir-se a si 
      próprio com um ligeiro atraso: as ondas fizeram então a volta à terra e 
      voltaram ao ponto de partida. É preciso notar que este fenómeno é 
      extremamente raro. Enfim, não esqueçamos que uma actividade excepcional do 
      sol influencia fortemente a DX, logo o alcance. O ano de 1980 foi 
      extremamente fértil em erupções solares de todas espécies e muitos 
      cibistas verificaram uma recrudescência dos períodos de boa propagação! 
      Estas erupções seguem um ciclo de frequência de 11 anos. Espera-se um novo 
      ciclo no ano de 2002. |  
 
      |  | AS CAMADAS DA ATMOSFERA - No parágrafo da 
      propagação por reflecção falámos de que a DX dá-se quando as ondas 
      reflectem numa camada situada sensivelmente entre os 100 e 400 km do solo. 
      Existem, porem, outras camadas da atmosfera com propriedades de boa 
      condução das ondas electromagnéticas, as quais passamos a descrever no 
      quadro seguinte: |  
      
        | CAMADA D | Situada entre os 70 a 80 
        km de altitude, absorve as ondas que correspondem a frequências 
        inferiores a 27 MHZ. Este efeito é neutralizado na ausência de radiação 
        solar. |  
        | CAMADA E | Situada entre os 100 e 
        130 km de altitude, caracteriza-se por propriedades de refracção 
        importantes. Permite captar as estações europeias no território 
        português. A reflexão pela camada E é no entanto mais esporádica. |  
        | CAMADA F | Situada acima da camada 
        anterior até aos 4000 km de altitude, possui, na presença de uma forte 
        actividade solar, grandes qualidades de refracção. Estas permitem 
        ligações intercontinentais, mas têm por vezes o inconveniente de 
        deformar a modulação. A CB são "servidas" entre esta camada e a anterior 
        (como foi dito entre os 100 e 400 km) |  * * * 
      |  | DX: COMO PROCEDER ? -  Para conseguir um DX, não 
      é preciso, como pensam muitos cibistas, uma potência desmedida. Tive, não 
      faz muito tempo, uma conversação descontraída com um Brasileiro muito 
      simpático. O meu material na altura? Um emissor de 40 canais, 5 watts AM, 
      12 watts P.E.P. em SSB, e uma antena de 1/2 de onda a poucos metros do 
      chão. O correspondente emitia com 200 watts e uma antena direccional, e o 
      seu relatório ou QRK semelhante ao meu! Como assim...? Um primeiro 
      conselho: não permaneçam nas frequências inferiores utilizadas em "local" 
      e terrivelmente sobrecarregadas. Subam pelo menos ao canal 30 para não 
      incomodar os vossos pequenos camaradas. Aliás, as DX, mesmo a nível 
      internacional, são tentadas no canal 34 em LSB e adjacentes. Em seguida 
      esperem pela propagação, isto é, que a mesma "abra". Desde que recebam 
      emissões do estrangeiro ou das ilhas as condições são, em regra, boas. 
      Procurem um canal pouco sobrecarregado pois é inútil tentar um QSO em 
      canais que já estão ocupados com outros QSO. Tentem de preferência em SSB, 
      se a tiverem, senão, em AM, pois, também não é impossível estabelecer um 
      contacto nesta banda. Depois chamem, identificando-se e dizendo, logo à 
      partida o país e cidade onde se encontram. Não precisam de chamar uma 
      estação em concreto, bastando dizer que pretendem um contacto e que passam 
      à escuta. Como exemplo: " CQ - CQ - CQ DX - a estação (como exemplo...) 
      LUSITÂNIA CB por  Loures, Portugal, solicita o canal ... e passa à 
      escuta !". Depois é esperar alguns segundos a ver se obtêm resposta. 
      Repetir ou, caso não obtenham mesmo depois de duas ou mais tentativas, 
      mudem de canal e tentem noutro canal. Para finalizar recomendamos que 
      tenha sempre à mão papel e uma caneta para apontar "no caderno" os dados 
      dos vossos correspondentes e relatórios dos QSO. Não se esqueçam de tentar 
      a troca de QSL entre vocês... |  |  | A SOLETRAÇÂO -  Para  facilitar a 
      transmissão e recepção dos variadíssimos dados que eventualmente queiram 
      trocar entre si, aconselha-se o uso do código Q (ver Glossário deste site) 
      e a soletração de cada nome e de cada numero. Para nomes usem o alfabeto 
      internacional (ver GLOSSÁRIO), repetindo duas vezes cada letra. Exemplo: - 
      para soletrar PARIS: papa, papa, alfa, alfa, rómio, rómio, india, india, 
      sierra, sierra. Para soletrar números, por exemplo, 71, devem dizer seven, 
      seven, one, one. |  |  | PARA TERMINAR - Repetimos mais uma vez que a 
      ouvir é que se aprende. A escuta é talvez tão importante como o falar. 
      Desconfiem dos aldrabões: nada mais fácil que arranjar um sotaque espanhol 
      ou italiano para tentar enganar, especialmente, os mais novos na banda. 
      Com a experiência hão-de os conseguir distinguir e não se deixar enganar 
      por esses brincalhões. |  
    
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